Nos últimos tempos, tenho ouvido criticas, de pessoas que não são designers, ao trabalho de vários designers e trabalhos meus, vi um re-branding de milhares de euros a ir por água abaixo porque o designer não deu importância ao cliente, filmes apenas com efeitos especiais e 3D.
E a verdade é que cada vez mais vejo os designers a desenhar para si próprios, a fazerem inumeras criticas aos clientes e criarem sites (Clients From Hell) sobre isso.
Cada um tem o seu estilo e tenta ser avant garde com todos os trabalhos que recebem e torna-los o mais eye-candy possivel, ofuscando o público alvo com o barulho das luzes, explosões e afins.
Onde está o "Compreender o Cliente" (observa-lo até a comer o pequeno almoço) antes de começar cada trabalho? Procurar perceber o trabalho do cliente, como os empregados do cliente trabalham, perceber os clientes do cliente?
Mas será que a ideia chega? Ou só é válida depois de desenha-la, e desenha-la bem para que o público alvo a veja?
Uma coisa que tenho aprendido com Ela, que na maioria (99%) das vezes não gosta de filmes com explosões e "30 por 1 linha", mesmo que sejam bem feitos tecnicamente, é que a ideia é mais forte que tudo, e esta, só é preciso ser desenhada até ao ponto de ser suficiente a sua transmissão/projecção/admiração.
E isto tudo para mostrar esta instalação feita por Tokujin Yoshioka
‘on designing a window-display of Maison Hermès, I intended to express people’s daily ‘movements’ with a suspicion of humor. there are moments when I perceive a hidden presence of a person in the movements born naturally in daily life. I created a design where one can perceive someone behind the scarves as if life were being breathed into them. the window is designed with an image of woman projected on to a monitor. the scarf softly sways in the air in response to the woman’s blow. ‘ - Tokujin Yoshioka
Podem ver a instalação em:
http://www.youtube.com/watch?v=gyNHJQzn3pw
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